sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Ana Linda - O Final - Carla Pepe


Ana Linda - O Fnal 
By Carla Pepe


Depois daquela esfregação toda naquele corpo maravilhoso, Jorge resolve jogar toda seu método para o ar e sugere para Ana saírem dali para um outro lugar. A moça faz cara de espanto mas logo aceita o convite do sistemático rapaz. Ele paga a conta da água tônica e descobre que ela já tinha pago seu drinque. Mulher independente! Até nisso ela rompia seus métodos de cavalheirismo. Hoje, pelo menos ele tinha lembrado de trazer sua própria proteção.

Eles saem do bar e entram no táxi, já entre abraços, beijos, pernas e braços. Jorge se arrependia de não ter um carro para possuir Ana ali mesmo. Como deveria ser bom te-la dentro do carro sugando-o todo. Aquela mulher o levava a loucura. Ele pensava em coisas que nunca tinham passado pela sua cabeça.Ao chegarem no discreto hotel, rapidamente sobem ao quarto e já vão arrancando as roupas. Ele enlouquece ao ver a calcinha fio dental. Aquela mulher pequena e grande ao mesmo tempo. Independente, sensual e totalmente entregue. Ele a pega por trás e lá se vão os dois, perdidos em si mesmos. Dois se tornam um: sem limites, sem fronteiras, sem amarras, sem sujeição. Apenas fogo e paixão numa noite quente de tesão.

E assim foi a noite toda até que os dois exaustos gozo e êxtase apagaram. Jorge despertou assustado, depressa olhou para o lado encontrando Ana ao seu lado dormindo. Sua mente, como sempre, estava repleta de dúvidas. Era um homem pensante demais. Queria saber no que aquela relação ia dar. Se eram namorados ou quê. Queria saber mais sobre ela, o que ela fazia, quantos anos tinha, no que trabalhava, quais filmes gostava. Mas eles tinham que ir, se arrumar e sair. Ele a acordou e a convidou para tomar um café. Ela gentilmente aceitou o convite do rapaz. E lá foram eles em busca de um lugar para um café da manhã em pleno domingo no Centro da Cidade, ambos vestidos com roupa de sábado a noite.

Ana conta a Jorge que tem 40 anos, é professora de Geografia numa escola na periferia da cidade, faz aulas de dança moderna para manter uma vida saudável. Vive só e quer se manter assim. Gosta da sua liberdade de ser dona do sua própria vontade. Jorge conta para Ana que é metódico, trabalha com Tecnologia da Informação numa empresa próxima a praia, ainda mora com os pais e quer se casar mesmo que já tenha passado um poucos dos 35 anos. Eles passam a manhã papeando sem pressa alguma de ir embora. Ele insinua varias vezes um novo encontro, um compromisso. Ana deixa claro sua liberdade, sua ética consigo mesma. Talvez se esbarrassem novamente. Talvez dançassem novos tangos, novos ritmos. Por enquanto, ela preferia seguir em frente na linha do horizonte. Ana linda, sempre linda, tão sua, tão livre.







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