quinta-feira, 5 de novembro de 2015

As Amigas - Final - Carla Pepe


As amigas - Final
By Carla Pepe


Juliana estava dividida entre a razão de ir embora e a paixão em passar a noite com Everaldo. Os dois tinham uma química muito forte, mas ela não queria nada além disso. Tinha sua pós-graduação, seus projetos, anseios e não podia se dedicar a um relacionamento agora. Ele não fazia bem seu tipo de homem. Mas reconhecia que o que acabara de acontecer entre eles tinham sido forte. Tinham acabado de transar bem ali no meio na rua e ele continuava a lhe puxar pela mão, lhe beijar na boca, na nuca e sussurrar palavras de prazer no ouvido. Inclusive, lhe propôs irem a um lugar mais discreto no qual pudessem ficar mais confortáveis.

Everaldo não entendia a indecisão da mulher, tinha acabado de possuí-la ali bem no meio da avenida. Tudo bem que num lugar escuro, era madrugada e ninguém passava. Aquilo estava tirando a paciência dele, mas agora ele queria terminar ainda mais o que tinham começado. E, além do mais, tinham uma química poderosa. A mulher era fogosa, ele queria ver do que ela era capaz entre quatro paredes. Já estava pensando no banho, na banheira, na cama. Ficou rígido novamente, ele precisava convencer a mulher. Everaldo resolve puxar Juliana e dar novamente um beijo daqueles de tirar o fôlego e os pensamentos da mulher. Juliana resolve jogar toda a mentalidade para o espaço e aceitar o convite do rapaz. Afinal só se vive uma vez.

Eles acham um discreto hotel no Centro e embarcaram numa noite sem pudores, tão livre quanto os melhores filmes franceses. São mãos, pernas, coxas, bocas, seios, ventre, membro. Everaldo nunca teria imaginado que naquele rosto sério habitava uma mulher tão ardente e sem repressões. Tudo era possível naquela noite com aquele corpo repleto de curvas e sinuosidade. E ele tinha a sensação de quem sempre haveria de querer mais. De quem estava viciado naquela mulher danada e cheia de lascívia.

Juliana amou cada minuto da noite de paixão com Everaldo. Foi realmente repleta de surpresas, nunca imaginou que aquele homem calado e carrancudo era tão quente. Ele tirou seu batom, aqueceu sua alma, percorreu seu corpo sem pressa. Devorou-lhe cada pedaço e tomou-lhe em todas as posições que foram  possíveis. A pândega foi majestosa. Mas ela não queria nada além daquilo. Tinha sido bom e seria bom vê-lo outras vezes. Mas será que para ele estaria suficiente uma relação de um bom sexo e nada mais?

De manhã, Everaldo vê o corpo de Juliana nu no chuveiro e chega por trás dela, pega de jeito e a possui ali mesmo no banho. Mais uma vez,  eles se submetem aquela luxúria que os consome, numa intimidade que ela jamais pensou ter com alguém. No final de tudo, exaustos resolvem ir embora. ele a convida para o café, mas ela recusa gentilmente dizendo ter que ir embora. O rapaz pergunta se encontrariam novamente. Quem sabe podiam pegar um cinema. Ela lhe dá um sorriso e lhe diz de forma bem ousada: "quem sabe fazemos algo interessante numa sala de cinema?Combinamos no ônibus na 2a feira".

E a mulher vai rebolando os quadris na minissaia justa, sutiã aparecendo, cabelos ao vento, batom rosa na boca, corpo quente, deixando o rapaz ali boquiaberto com as curvas e a noite totalmente livre que havia experimentado.




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